quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

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"Em qualquer coisa, não importa o quê, desejo esperanças novinhas em folha, todos os dias.
Tomara que nós não desistíssemos de ser quem somos por nada nem ninguém deste mundo.
Que nós reconheçamos o poder do outro sem esquecer do nosso.
Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes.
Que, mesmo quando estivermos magoados, não percamos de vista nem de sonho a ideia de alegria.
Tomara que apesar dos apesares todos, nós continuemos tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz.
As coisas vão dar certo.
Vamos ter amor, vamos ter paz – se não tivermos, inventamos.
Quero ver-te feliz, quero ver-te sem melancolia nenhuma.
Certo, muitas ilusões dançaram.
Mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo, eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas.
Que 2012 seja doce. Repito sete vezes para dar sorte: que seja doce, que seja doce, que seja doce e assim por diante.
Que seja bom o que vier, para ti."

Caio Fernando Abreu

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