quarta-feira, 25 de abril de 2012

o meu clichê.

E todas as vezes que eu penso em ti, em nós, um clichê começa a formar-se na minha cabeça. Eu sei o quanto tu odeias clichês, assim como eu. Mas não consigo fugir. Penso num encontro no aeroporto e eu sei cada detalhe. Imagino noites de sábado e tardes tediosas de domingo ao teu lado. Até as nossas brigas já foram ensaiadas, sabias? Eu vou-te fazer sentir ciúmes propositadamente ao falar daquela pessoa e tu vais começar a franzir a testa. Depois vem os braços cruzados e o bico, que cá entre nós, o teu é lindo. Eu vou-te fazer rir mas tu não vais ceder. Eu vou precisar de te puxar para mim e pressionar o teu corpo contra o meu. E com um beijo eu consigo o teu perdão. E se tu não gostares de nada do que imaginei para nós, eu deixo-te mudar tudo. Deitamos o guião fora e improvisamos. Mudamos tudo. Cada cena, cenário e o tempo…Mas não mudamos as personagens. Não abro mão de ti como protagonista do meu clichê. 

Dear John

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