quinta-feira, 27 de outubro de 2011

sem título (parte III)

Havia coisas que queria fazer e não fiz. Sentimentos que queria expor e não expus. Fui indiferente a muita coisa que me consome por dentro como se fosse uma maçã apanhada pelo lagarto matreiro. Hoje a menina pequena queria um dia por sua conta. Sem ter que se colar aos livros e cadernos. Queria um dia em que saia de casa e ninguém pergunte "Onde vais?", uma hora em que chora sozinha e não tem ninguém quem pergunte "Que se passa?". 
Quando eu quiser chorar, deixem.
Nem sempre chorar é sinónimo de infelicidade. Quando choramos podemos estar apenas a descarregar energias que estivemos o dia todo a deixar na indiferença, a ignorar e fazer com que desapareçam. E é por isso que eu choro. 
Por isso, quando me virem a fazê-lo, deixem. Deixem apenas. É só disso que preciso.

Fala uma menina pequena, que sabe muito do pouco que sabe.
 

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