sexta-feira, 4 de maio de 2012

sem título (parte LXX)


Eu não queria ser apenas aquela que usas quando tens fome, ou aquela com quem falas quando queres dormir e não tens sono. Eu não quero ser aquela que bem sempre quando chamas e que se limita a olhar quando não te apetece. Eu não quero ser aquela na qual cagas na frente dos amigos e dás uns amassos quando estamos sozinhos. Eu não quero ser tua conhecida quando estás mal disposta, e tua amiga colorida quando tens vontade. Eu não quero que me uses quando não tens nada para fazer. Não quero que me iludas porque eu não sou um jogo de computador. Não podes pôr pausa nos meus sentimentos, nem por para a frente ou para trás as atitudes já tomadas. Mas sabes, eu posso clicar no quit/stop do jogo e deixar-te a ver navios. E depois tu vias que não podes fazer jogo duplo, caso contrário: game over.

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