segunda-feira, 14 de maio de 2012

sem título (parte LXXI)


Parte de mim ainda pensou que o tempo não ia escassear. Parte de mim acreditava que ainda ias voltar antes do tempo acabar. Se calhar acreditar não é a palavra certa. Se calhar eu tinha era esperança. Esperança que mais uma vez viesses a tempo.
No fundo, eu estou feliz que isso tenha acontecido. Porque pela primeira vez, tu deixaste que a minha decisão fosse tomada sem interferires e mudares a minha cabeça por completo. Apesar de que ela tenha sido das escolhas mais difíceis que eu já tomei. Mas provavelmente é a mais acertada e mais sensata. Não para ti, mas para mim. Eu preciso disso. Preciso de me libertar de ti. Preciso de me desprender da vontade de ti, que honestamente me dá a toda a hora. Mas eu vou aprender a viver sem ela. Sem ti. E eu vou conseguir. E agradeço-te, agradeço-te mesmo que me tenhas ensinado a ter que cuidar de mim mesma e por me teres ensinado que é bom acreditar nas pessoas, mas que às vezes o melhor para nós é retirarmo-las na nossa vida. Nada do que possa escrever vai fazer sentido algum para alguém. Mas para mim está tudo bem explicito.
De uma coisa eu me orgulho, nunca ninguém, muito menos tu vais poder alguma vez julgar-me por não ter tentado, por não ter lutado. Tanto é que eu estava a faze-lo sozinha.
E parece que isto é o fim, o prazo terminou. Time’s up. You lost (me.)

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