quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

sem título (parte XLIV)

Eu não percebo. Eu juro que não (me) percebo. Tu não és o melhor, o mais isto, mais aquilo. Não és o mais compreensivo, nem o mais interessante. Dás pontapés no português e erros de ortografia. És desajeitado em vários sentidos. Não pareces interessado em nada do que te dizem. Estás sempre zen, nunca se passa nada contigo. Às vezes fazes-me lembrar esculturas. Estás imóvel. Não olhas, não falas, não mexes. Não respiras. Vives para ti, não te abres quase nunca. Não és o mais inteligente. Não percebes à primeira aquilo que te digo, não sabes o significado de uma frase em inglês. Não consegues ver através das minhas expressões o meu estado de espírito. Não sabes como manter uma conversa durante mais de 5 minutos. Não sabes agradar uma rapariga, muito menos compreende-la. Não conhecesses nada em mim. Aliás, tu não me conheces.
E mesmo assim, com tantos “nãos” e tantas contradições, eu amo-te cada dia como se ainda fosse o primeiro.

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