terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

sem título (parte XLVII)


É muito simples, a menina pequena tem saudades. Muitas saudades. Tenho saudades de tudo o que passamos por muito pouco que tenha sido. Tenho saudades de me deitar tarde porque estive em chamada contigo horas seguidas. Tenho saudades de te contar como correu o meu dia, e tenho saudades que me contes como foi o teu. Tenho saudades dos teus abraços apertados, e de quando me davas a mão sem ninguém ver. Tenho saudades do teu toque, e apesar de terem poucos ou quase nenhuns, eu tenho saudades dos teus beijos. Sinto que tenho saudades de algo que nunca tive totalmente. Como se tivesse perdido algo que nunca foi meu. Tenho saudades do teu cheiro, dos teus olhos nos meus. Tenho saudades de ouvir a tua voz, mesmo que ao loge. Tenho saudades de tudo o que é teu. Tenho saudades de dizer-te as mesmas coisas todos os dias e tenho saudades das coisas que me dizias todos os dias também, porque nós nunca nos cansávamos de as ouvir e dizer. Tenho saudades de pensar que tudo isto era verdadeiro e tinha significado para ti.

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